segunda-feira, 2 de abril de 2012

Resposta ao Desconhecido I


A semente guardada [no peito] já definhava quando tuas perguntas silenciosas  surgiram diante de mim e... Nem queira saber.

A verdade é que chegaram feito vendaval, deslocando todas as certezas absolutas, deixando um rastro de dúvidas, um caminho marcado de incertezas mudas.

Ainda assim, sabe-se lá o porquê, plantou-se um sorriso no canto da boca e estrelas vieram morar em meus olhos [aqueles mesmos que te revelaram tanto]. Sorrateiras, iluminaram os cantos escuros, desvendando sonhos que não sabia ter.

Há um vento frio percorrendo todo o corpo, vindo não sei bem de onde, indo em direção à boca [do estômago]. Há um arrepio incerto nesses sentimentos tortos. Prosa ou poesia? E as interrogações dão crias e a imaginação voa alto [e fundo], fazendo piruetas no (m)ar.

E eu, que por tanto tempo esperei o inesperado, ouço tua voz nas letras lidas e nem sei tua sonoridade. Mas não importa. Aí há quem escreva cartas, aqui também.

A.L.

2 comentários:

Responda as Cartas de Anita