quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Blog da Maria: Carta

Blog da Maria: Carta: De súbito dei-me conta de tudo a que me submeti: à mordaça, à convivência/conivência com aquela situação escusa. Ai! Fico feliz em saber qu...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Alberto Tibaji: Para você

Alberto Tibaji: Para você: Ao seu lado. Talvez tenha sido casual. Há palavra mais imprescindível do que essa? Talvez, talvez. Como foi mesmo que eles me disseram? Ah,...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Resposta ao caio

Querido Caio,
Desculpe a falta de comprometimento que tive ao demorar a responder sua carta. A verdade é que eu não consegui pensar em o que exatamente responder. Me deixastes sem palavras. E gostaria de lhe dizer que... Enquanto estávamos na festa pude ter o prazer (ou não) de ter uns flashbacks. Lembro-me claramente de alguns encontros nossos nessas ruas e becos da cidade em que me traz ótimas lembranças. Foi uma boa época. E o momento que tivemos juntos naquela noite pude pensar um pouco no nosso passado e como mudamos. Sim, consegui perceber nitidamente os traços da maturidade e das mudanças em sua pele, nas suas expressões, em você em si. E meu caro, você sabe tão bem quanto eu, que não sou apegado -como você- aos detalhes. Mas é impossivel desprezar algo tão marcante.

Quanto a sua dor e ao precipicio que lhe rege, pode ficar tranquilo, nao falarei com ninguem à respeito nem mesmo com a minha própria mente. Todos temos machucados que ainda não foram cicatrizados pelo tempo. Sinceramente, espero que você, querido Caio, possa fechar essa porta o mais cedo possível.

Devo confessar que te ver foi como se eu tivesse entrado em uma máquina do tempo e de repente eu era um universitário novamente. Passado esse primeiro momento com gosto de juventude apressada,voltei ao meu presente e enquanto eu guardava seu saca-rolhas (também não sei se tem hífen) ,estranhamente, lembrei de nosso primeiro beijo. E todos os acontecimentos que se procederam depois disso foram um estímulo para o que eu sentia por você no passado pudesse ser novamente aberto.

Sim, Caio, sim. Eu também senti o mesmo. E começo a me perguntar se eu, de fato, fechei essa porta que tem escrito seu nome e se realmente parti para outra, começo a me sentir confuso, confesso. Por que apesar de ter me batido todas essas emoções novamente, eu não posso ignorar meus sentimentos pelo homem o qual sou casado e não conseguiria viver à distancia.

O fato é: sinto por você,sim, algumas coisas que não consigo caracterizar. É verdade sim, que você mexe comigo quando eu te vejo ou troco palavras com você. Sim, você é especial para mim,faz meu coração palpitar mais forte. Talvez você pudesse ser o tão esperado amor. Mas não consigo trocar tudo o que foi estabelecido em minha vida em prol de um passado, que apesar de ter sido ótimo,mas que não deu certo, consegue compreender, Caio? Não posso e não devo, trocar minha segurança e meu conforto por algo tão incerto.

Talvez tenha sido um erro nos encontrarmos. Ao invés da nostalgia que eu visava ter,tive a má sorte de sofrer com essa confusão no meu pobre coração e não busco por esse tipo de aventura se eu não estiver confiante de que será uma boa viagem,se é que me entendes.

Grato pela noite e estadia,

Pedro.